Por que o inglês é considerado uma língua franca?

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Você já se perguntou por que, ao viajar para outro país, é possível se comunicar em inglês, mesmo que não seja o idioma nativo do local? A resposta para essa pergunta nos leva ao fascinante mundo da língua franca e, em particular, do domínio do inglês no mundo. 

Neste artigo, desvendaremos os mistérios por trás dessa hegemonia linguística e analisaremos as implicações do inglês como língua franca em nossa sociedade. 

O que é uma língua franca? 

Antes de mais nada, uma língua franca é um idioma utilizado como meio de comunicação entre pessoas que possuem línguas maternas diferentes. Ao longo da história, diversas línguas já ocuparam esse papel, como o latim no Império Romano e o francês em algumas regiões da Europa.  

No entanto, no mundo globalizado de hoje, o inglês é indiscutivelmente o idioma mais utilizado. E isso faz dele uma língua franca. 

Por que falar inglês é importante? 

A ascensão do inglês como língua franca é resultado de uma série de fatores históricos, políticos e econômicos. Dentre os principais motivos, podemos destacar: 

1 – Domínio histórico e cultural 

A expansão do Império Britânico e a influência cultural dos Estados Unidos contribuíram significativamente para a disseminação da língua inglesa em diversos continentes. 

2 – Globalização e comércio 

O inglês tornou-se a língua predominante em negócios internacionais, negociações comerciais e na produção de conhecimento científico e tecnológico. Hoje em dia, muitas empresas multinacionais utilizam o inglês como idioma oficial para suas operações globais. 

3 – Internet e tecnologia 

A internet e as tecnologias da informação e comunicação (TICs) impulsionaram ainda mais a utilização do inglês. A maioria dos conteúdos online, como sites, softwares e aplicativos, assim como artigos científicos, está disponível principalmente em inglês. 

4 – Indústria do entretenimento 

A indústria cinematográfica e musical de língua inglesa, especialmente a dos Estados Unidos, exerce uma grande influência cultural em todo o mundo. As produções de Hollywood e os grandes artistas pop também popularizaram o idioma ao redor do planeta. 

Mais do que importante, falar inglês é indispensável 

… Número de falantes: Estima-se que mais de um bilhão de pessoas falam inglês no mundo, seja como língua nativa ou como língua adicional. (Fonte: Enciclopédia Britannica

… Presença em negócios: Para 91% dos executivos, o inglês é a língua dos negócios (Fonte: British Council

… Publicações científicas: 95% dos artigos científicos publicados são escritos em inglês (Fonte: El País

… Mercado de trabalho: 60% das vagas disponíveis atualmente exigem domínio do inglês e, daqui a 10 anos, o idioma passará a ser um requisito básico – e não apenas um diferencial na busca por emprego (Fonte: Page Personnel

… Salários maiores: Profissionais que falam inglês podem ter um salário até 61% maior do que alguém sem conhecimento do idioma (Fonte: Catho

Além disso, dominar esse idioma abre portas para diversas oportunidades, como: 

  • Acesso à informação: a língua franca permite o acesso a uma vasta gama de informações, pesquisas e conhecimentos disponíveis em diversas plataformas online; 
  • Facilidade de viajar: ao dominar o inglês, é possível se comunicar com pessoas de diferentes nacionalidades em viagens internacionais, facilitando a experiência;
  • Expansão de redes de contatos: o inglês possibilita a construção de relacionamentos profissionais e pessoais com pessoas de todo o mundo. 

Em resumo, o inglês se consolidou como língua franca devido a sua ampla utilização em diversas áreas da vida, impulsionada por fatores históricos, econômicos e tecnológicos. 

Portanto, dominar esse idioma é fundamental para se destacar no mercado de trabalho globalizado e para ter acesso a um mundo de oportunidades. 

A língua franca e a interculturalidade 

Em primeiro lugar, a interculturalidade – ou seja, a capacidade de compreender e apreciar diferentes culturas – é fundamental em um mundo globalizado. Logo, o inglês, ao servir como um idioma comum para pessoas de diferentes origens, facilita a interação cultural. 

Ainda que a imposição de uma língua única possa, paradoxalmente, levar à homogeneização cultural e à perda de nuances linguísticas e culturais, podemos citar, por outro lado, diversas vantagens, entre elas: 

  • Facilitação da comunicação: o inglês serve como uma ponte entre culturas, permitindo que pessoas de diferentes países se conectem e colaborem;
  • Hibridização cultural: o contato entre culturas, facilitado pelo inglês, pode gerar novas formas de expressão e identidade, resultando em uma hibridização cultural. 

Desafios e oportunidades 

A ascensão do inglês como língua franca apresenta tanto desafios como oportunidades. Por um lado, a comunicação globalizada é essencial para resolver problemas complexos e promover a cooperação internacional. Por outro, a hegemonia de uma única língua pode levar à perda de diversidade cultural e à marginalização de grupos minoritários. 

Alguns desafios são: 

  • Perda da diversidade linguística: a crescente importância do inglês pode levar ao declínio de línguas minoritárias e à perda de conhecimentos culturais específicos; 
  • Desigualdades na educação: o acesso ao ensino de inglês de qualidade é desigual em muitos países, perpetuando as disparidades sociais. 

Oportunidades que se fazem presentes: 

  • Promoção da compreensão intercultural: o inglês, como língua franca, pode ser usado como ferramenta para promover o diálogo intercultural e a tolerância;
  • Inovação cultural: o contato entre culturas, facilitado pela língua franca, pode gerar novas formas de expressão artística e intelectual; 
  • Empoderamento de comunidades: o domínio do inglês pode empoderar comunidades marginalizadas, ampliando seu acesso a novas oportunidades. 

A relação da indústria do entretenimento com o inglês como língua franca 

Como já foi falado aqui, a indústria do entretenimento, dominada por grandes empresas anglo-saxônicas, produz conteúdos em inglês consumidos em escala global. 

De fato, filmes, séries de televisão, músicas e jogos eletrônicos em inglês moldam gostos, valores e comportamentos de milhões de pessoas em diferentes países. O inglês está presente na indústria cultural das mais diversas formas, entre elas: 

Cinema e televisão 

Hollywood, o centro da indústria cinematográfica mundial, produz filmes que são distribuídos em todo o mundo, muitas vezes com dublagens ou legendas em outras línguas.  

E as séries de televisão, especialmente as produzidas por plataformas de streaming, também contribuem para a disseminação da cultura anglo-saxônica e do inglês. 

Música 

A indústria musical em língua inglesa, especialmente o pop e o rock, domina as paradas globais. As letras em inglês se tornam hinos e influenciam a moda, a dança e a linguagem cotidiana de jovens em diversos países. 

Jogos eletrônicos 

A maioria dos jogos eletrônicos mais populares é desenvolvida em países de língua inglesa e utiliza o inglês como idioma principal. Isso contribui para a sua popularização entre os jovens, que passam cada vez mais tempo interagindo com esses jogos. 

Mas o que entretenimento tem a ver com educação? 

A resposta é: tudo a ver! O Edutainment, ou edutretenimento, é uma metodologia que utiliza o entretenimento como ferramenta para promover o aprendizado. 

Por meio de jogos, músicas, vídeos, animações, gamificação e outras estratégias lúdicas, o Edutainment torna o processo de ensino e aprendizagem mais envolvente, interativo e prazeroso. 

Seu nome foi criado a partir da junção das palavras education (educação) + entertainment (entretenimento), salientando o uso de elementos divertidos, como games, filmes, seriados de TV, aparelhos móveis e até robôs inteligentes, com finalidade educativa. 

A importância do ensino bilíngue em inglês 

Nesse contexto, já deu para entender que dominar o inglês é de extrema importância, principalmente no caso de crianças e jovens que estão em fase escolar. No entanto, o ensino bilíngue vai muito além do que se conhece dos tradicionais cursos de idiomas. Afinal, promove o aprendizado do inglês de forma integrada ao currículo escolar.  

Em outras palavras, o aluno aprende inglês ao mesmo tempo que desenvolve seus conhecimentos em matemática, ciências, história e por aí vai. Ou seja, não são aulas DE inglês, mas EM inglês. No caso, as escolas com programa bilíngue seguem o currículo normal, em português, mas dedicam uma carga horária estendida ao inglês.  

Por exemplo, no programa bilíngue da International School, a metodologia envolve cinco horas por semana de aulas bilíngues, em que o aprendizado do inglês é integrado a outras disciplinas do currículo, fazendo com que os alunos aprendam a língua adicional de forma natural. 

Vantagens e benefícios do ensino bilíngue 

Definitivamente, os benefícios de ser bilíngue são diversos. Entre eles, podemos destacar a melhora no desenvolvimento cognitivo, o incentivo às habilidades socioemocionais e, claro, a preparação para o futuro. 

Benefícios cognitivos 

Ser bilíngue melhora a função cognitiva do cérebro, o que se traduz no aperfeiçoamento de habilidades relacionadas à memória, concentração e flexibilidade mental. Em outras palavras, aprender e alternar entre dois idiomas constantemente requer maior controle inibitório e habilidades metalinguísticas, aprimorando a agilidade mental.  

Desenvolvimento socioemocional 

Além disso, o ensino bilíngue também tem um impacto positivo nas habilidades socioemocionais das crianças. Ao se comunicar para além do seu idioma materno, as crianças aprendem a ser mais tolerantes e empáticas com outras culturas e pontos de vista. 

Ou seja, isso cria uma mentalidade mais aberta e inclusiva, preparando os jovens para interações positivas em um mundo cada vez mais multicultural.  

Preparação para o futuro  

Em um contexto globalizado e interconectado, ser bilíngue e dominar um segundo idioma é um diferencial para o mercado de trabalho. Empresas valorizam profissionais bilíngues pela sua capacidade de interagir com clientes e parceiros internacionais, facilitando a expansão dos negócios para mercados estrangeiros. 

Dessa forma, profissionais bilíngues também são mais requisitados em setores específicos, como turismo, comércio exterior e tecnologia. 

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A Memória no Aprendizado de Inglês

Você já se perguntou como funciona a memória no aprendizado de inglês? Neste texto vou falar um pouquinho sobre isso. Espero que você tenha paciência para ler até o fim. O objetivo é ajudar você a entender – mesmo que superficialmente – o que acontece dentro de sua cabeça quando você aprende inglês.

Para simplificar, o texto está assim dividido:

  1. Falando sobre memória: os dois principais sistemas que temos
  2. A Memória no Aprendizado da Língua Materna
  3. A Memória no Aprendizado do Inglês

É importante que você leia cada parte para entender como funciona a memória no aprendizado de inglês. Vamos lá!

Falando sobre Memória

De modo geral, a memória é dividida em dois principais sistemas: memória declarativa e memória procedimental. Esses dois sistemas armazenam informações diferentes. Então, vamos aprender um pouquinho sobe elas.

» Memória Declarativa

Memória

A memória declarativa é, de modo bem simples, a memória dos fatos da vida. É ela quem registra informações como o primeiro beijo que demos na vida, o que tomamos hoje no café da manhã, o que conversamos com aquele grupo animado do WhatsApp, nossos agradáveis (ou mesmo desagradáveis) da vida. Caso essa memória seja apagada de nossa cabeça, deixaremos de ser quem somos. Amnésia total!

» Memória Procedimental

Por sua vez, a memória procedimental está relacionada aos procedimentos da vida. Ou seja, ela armazena às coisas que fazemos sem nos perguntarmos como fazemos. Se você sabe andar de bicicleta, dirigir, tocar um instrumento e coisas do tipo agradeça a sua memória procedimental. Esses procediments envolvem passos que devem ser seguidos e é na memória procedimental que isso tudo fica guardado. É o nosso piloto automático. Se deixarmos de fazer algum desses procedimentos por muito tempo, podemos esquecê-los. Ou como dizemos, perdemos a prática.

A Memória no Aprendizado da Língua Materna

De acordo com pesquisadores na área*, o aprendizado de nossa língua materna (no nosso caso o português) está diretamente ligado a esses dois sistemas.

Quando aprendemos uma palavra ou uma expressão nova, ela é diretamente registrada em nossa memória declarativa. As palavras e expressões (o que podemos chamar tecnicamente itens lexicais) são registradas em nossa memória declarativa conforme nos envolvemos mais e mais com a língua. É assim que aprendemos nossa própria língua.

Quando aprendemos uma gíria, palavra ou expressão nova ou sem querer aprendemos uma canção cuja letra é contagiosa, significa que a memória declarativa registrou a informação. Para que isso acontecesse, essa expressão ou parte da canção deve antes aparecer várias vezes em nossa frente para que possamos memorizá-la (mesmo sem querer!). Recentemente, a gíria “É nóis!” passou a fazer parte do vocabulário de boa parte dos brasileiros. Até quem acha isso errado e ridículo, acaba – mesmo que seja em tom irônico – usando essa gíria uma hora ou outra.

Quando a memória declarativa não sabe algo, ela meio que trava. Afinal, ela não identifica aquilo. Não encontra-se registrado lá dentro. Por exemplo, se eu digo a você que na frente da minha casa tem um pé de goiaba maceta, você sabe o que eu quero dizer? “Maceta” em alguns locais da região norte do Brasil (aqui em Porto Velho, Rondônia, por exemplo) significa “muito grande”. Podemos dizer que alguém tem “um pé maceta”, “uma mão maceta”, “uma casa maceta” etc.

Enfim, agradeça a sua memória declarativa por você ser capaz de falar e entender português. Mas, quando alguém falar algo que você não entende, não se preocupe. Trata-se apenas de algo novo que sua memória terá de aprender.

memória procedimental é a responsável – adivinhe só! – pelo aprendizado da gramática. Mas, vamos com calma! Pois, não não se trata da gramática das regras e termos técnicos. Afinal, você não estudou gramática quando começou a soltar suas primeiras palavras, frases e sentenças em português.

Acontece que enquanto você crescia, você estava aprendendo a caminhar, correr, pegar as coisas, falar e – rufem os tambores! –a gramática natural da língua portuguesa. Sua memória procedimental estava registrando a ordem na qual os itens lexicais são colocados quando usados na prática. Tudo isso de foi aprendido naturalmente como um procedimento e colocado em prática até hoje de modo automático.

Saiba que neste exato momento, sua memória procedimental – a que cuida da gramática natural – está trabalhando para que você entenda este texto. Mas, palavras a das inverter eu ordem se, ela se perde e o ritmo da leitura diminui.

Sua memória declarativa até reconhece as palavras em “palavras a das inverter eu ordem se”. No entanto, sua memória procedimental nota que a ordem não está correta, deixando a frase incompreensível. Se colocarmos em ordem, tudo volta ao normal: se eu inverter a ordem das palavras.

É na memória procedimental que estão guardados – mesmo sem você saber – os procedimentos naturais de uso da nossa língua materna. Esses procedimentos são chamados de gramática naturalgramática de uso ou ainda gramática internalizada. Tudo isso se refere à gramática que temos dentro de nossa cabeça e que faz com que nós sejamos capazes de usarmos nossa língua em conversas, textos etc.

A Memória no Aprendizado de Inglês

Os mesmos pesquisadores (depois seguidos por outros) decidiram pesquisar como esses dois sistemas funcionam quando alguém fala (ou aprende) uma segunda língua – o inglês sendo o nosso caso. De cara, eles notaram que o modo como as informações são organizadas por uma falante não-nativo é bem diferente daquele dos falantes nativos.

A primeira grande diferença estava relacionada justamente ao modo como a gramática é aprendida (internalizada). No caso de um falante nativo, a gramática é adquirida naturalmente. Não há a necessidade de decorar regras. O uso natural da língua ocorre sem esforço. A pessoa de tanto conviver com a língua, acaba pegando o jeito da gramática natural.

Memória no Aprendizado de Inglês

Quando um falante nativo tem o hábito de falar algo “errado” (que não condiz com o uso padrão da língua), ele pode registrar a informação correta e educar o cérebro a aprender o certo. O curioso é que essa “correção” (mudança de hábito) não ocorre por meio da memorização de uma regra gramatical. Essa correção é feita no nível lexical (palavras, expressões, gírias etc.) e aí com o tempo a pessoa se acostuma a usar o certo.

Esses pesquisadores notaram que a “correção” (ou reaprendizado) ocorre primeiro na memória declarativa e só depois se torna automática. No entanto, é algo que a pessoa memorizou como um fato da vida; portanto, não é algo que foi diretamente para a memória procedimental. A pessoa simplesmente suprimiu um hábito e adquiriu outro.

Com isso, esses pesquisadores perceberam que no caso do aprendizado de uma segunda língua, a memória declarativa desempenha um papel grandioso. Eles afirma que as pessoas deveriam focar muito mais no aprendizado de itens lexicais (expressões, frases, sentenças, palavras, collocations etc. – formulaic language) do que na decoreba de regras gramaticais presentes em livros.

As regras e termos gramaticais são apenas um conjunto de informações que fica registrado na memória, mas não gera o resultado que deveria: comunicação imediata. Já a gramática de uso deve ser adquirida de acordo com o envolvimento com a língua por meio do aprendizado de frases, sentenças, expressões, collocations etc., que são aprendidos dia após dia de acordo com situações específicas.

Em termos práticos, a ideia é que um aprendiz de inglês como segunda língua (ou língua estrangeira) deva aprender a gramática sem aprender gramática. Ou seja, aprender a gramática de uso (a gramática natural) e não a gramática normativa (a das regras e termos técnicos em livros). Por quê?

Pelo simples fato de sua memória procedimental não ser capaz de automatizar de modo imediato a gramática da nova língua. Assim, o ideal é que o aprendiz dedique-se primeiro a aprender muitos itens lexicais (chunks of language, formulaic language) e somente depois (nos níveis mais avançados do aprendizado) se dedique – caso queira – ao estudo da gramática normativa.

Conclusão

Este assunto gera muita discussão. Contudo, o que sabemos hoje sobre como a memória funciona no aprendizado de inglês (ou de línguas de modo geral), ajuda-nos e desenvolver novas técnicas, métodos e abordagens de ensino de línguas. Podemos deixar de lado a ideia de que aprender uma outra língua se resume a decorar 2000 palavras em inglês e um conjunto de regras presentes em um livro.

O papel da memória declarativa no aprendizado de outra língua é fundamental para ensinarmos adequadamente indivíduos que passaram da puberdade. Isso significa que a ideia de que após uma determinada idade não dá mais para aprender uma outra língua é totalmente questionável. Isso, no entanto, já é outro assunto. Então, vamos parar por aqui!

Referências

* Tomei aqui como referência os trabalhos dos pesquisadores e autores Dr. Michael Ullmann (neurocientista) e Dr. Steven Pinker (psicolinguista). Abaixo alguns artigos e livros que podem ajudar os mais curiosos a se aprofundarem nesses mistérios.

  • A cognitive neuroscience perspective on second language acquisition: The declarative/procedural model (Michael Ulmann)
  • A neurocognitive perspective on language: The declarative/procedural model (Michael Ulmann)
  • Contributions of memory circuits to language: The declarative/procedural model (Michael Ulmann)
  • Declarative and Procedural Determinants of Second Languages (Michael Paradis)
  • How Languages Are Learned – third edition (Patsy M Lightbown & Nina Spada)
  • Lexical Priming: a new theory of words and language (Michael Hoey)
  • The Study of Second Language Acquisition – second edition (Rod Ellis)

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Como aprender inglês assistindo séries de TV

Qual é o seu seriado preferido? Friends? Lost? 24 Horas? How I Met Your Mother? Eu adoro todos esses, e tenho certeza que eles e muitos outros me ajudaram muito a melhorar a minha compreensão oral do inglês.

Sei que muita gente ainda acredita naquela falácia que “só é possível aprender uma língua estando no país onde se fala a mesma“. Estar em outro país pode ajudar? Claro, mas nesse momento devemos nos perguntar “por que será?”.

A principal diferença criada pelo fato de estar em outro país é o ambiente de imersão. Estar o tempo todo ouvindo pessoas falar em inglês vai deixando o nosso ouvido cada vez mais acostumado com os sons, palavras e expressões da língua. Como nem todo mundo tem a possibilidade de morar no exterior, precisamos tentar ao máximo criar esse ambiente de imersão aqui mesmo, e é exatamente com isso que as séries podem nos ajudar muito.

Com isso em mente, surge a primeira questão: qual série escolher?

Cada pessoa tem a sua preferência, por isso o mais importante é escolher um seriado que você realmente adore. Não adianta escolher um drama/suspense como The Walking Dead se você não gosta desse gênero. O que provavelmente vai acontecer é que você vai ficar de saco cheio do seriado e abandoná-lo em pouco tempo.

Em segundo lugar, existe o problema do tempo. Todos nós temos que fazer várias coisas todos os dias, desde trabalho a universidade, academia, namorado(a), etc., tudo é motivo (ou desculpa) para não estudar inglês. É realmente difícil encontrar uma hora todos os dias para se dedicar a algo. Por isso, eu recomendaria começar com séries de comédia, as famosas sitcoms. Elas têm duas grandes vantagens em relação à maioria das outras: geralmente os episódios são bem curtos, em torno de 20 minutos, e o vocabulário que eles usam geralmente é bem atual. Além disso, geralmente elas têm alguns jargões engraçadinhos que ficam presos na nossa memória, como o “How you doing?” do Joey em Friends ou o “Legendary!” do Barney em How I Met Your Mother.

Um exemplo: eu sou fanático por Game of Thrones mas, quando se trata de estudar inglês, ela é uma série bem complicada, especialmente para principiantes. Por se tratar de uma história épica, geralmente é usado um vocabulário mais antigo, palavras como muralhaadaga, que são praticamente inúteis nessa fase do aprendizado, além do fato de cada episódio ter aproximadamente 1 hora de duração.

Se você for iniciante, tome cuidado também com séries de assuntos muito específicos: House e Grey’s Anatomy são ótimas séries, mas elas contêm um vocabulário bem específico sobre medicina, que pode ser bem complicado e é desnecessário nessa fase. O mesmo vale para séries como Suits (sobre advocacia), House of Cards (sobre política), etc.

Algumas dicas de sitcoms legais:

Friends

How I Met Your Mother

Scrubs

Seinfeld

The Fresh Prince of Bel-Air (conhecida no Brasil como Um Maluco no Pedaço)

Entre outras. Se você não gosta de sitcoms (essa comédias de situações constrangedoras), não tem problema. Como eu disse, o importante é escolher algo que você realmente goste e que não pareça estudo.

A próxima coisa que você deve se perguntar é: qual é o nível do meu inglês? E o melhor jeito de responder a essa pergunta é testando!

Escolha alguma série, pode ser entre essas citadas acima ou não, e coloque para assistir um episódio com a legenda em inglês. Sim, em inglês! Assista o episódio por 5 minutos. Depois disso, analise se estava difícil demais acompanhar com a legenda em inglês ou se foi tranquilo. Se…:

  • …foi tranquilo: Ótimo! Daqui pra frente você só vai assistir esse seriado e outros com a legenda em inglês, escutando e lendo ao mesmo tempo. Isso vai ajudar a fixar melhor palavras que você já conhece e, principalmente, te ajudará a entender o que está sendo dito, acostumando o seu ouvido a esses sons. Se você encontrar palavras ou expressões que você não conhece, dê um pause no episódio e anote-as em um caderno ou em algum lugar. Com o tempo, isso se tornará natural e, quando você se sentir confortável, poderá até mesmo abandonar as legendas em inglês.
  • …foi difícil demais: Não tem problema! A regra agora é abandonar séries e filmes dublados e ver tudo com legendas em português mesmo. Se você achou muito difícil acompanhar a série com a legenda em inglês, eu não aconselharia forçar isso ainda neste ponto. No aprendizado de uma língua estrangeira nós precisamos de algo chamado comprehensible input (entrada/estímulo compreensível), ou seja, precisamos entender pelo menos uma boa porcentagem do que estamos lendo ou ouvindo. Não adianta assistirmos uma série alemã com legendas em alemão se não conseguimos nem mesmo entender as legendas.
    Por esse motivo, continue assistindo seriados e filmes com o áudio em inglês e a legenda em português, mas tentando prestar um pouco mais de atenção ao áudio do que à legenda. Você vai notar que muitas palavras e expressões se repetem frequentemente. Quando isso acontecer e você não as conhecer, tente anotá-las no seu caderno de estudo. Se não conseguir identificar apenas de ouvido, anote o que estiver escrito na legenda em português e depois tente traduzi-la ou busque no Google a expressão original em inglês. Enquanto isso, continue a estudar inglês, a aprender mais vocabulário, e com o tempo você vai notar claramente que está entendendo muitas das frases sem nem ler a legenda. Nesse ponto, faça novamente o teste acima e veja se você já consegue ir para a fase de assistir apenas com as legendas em inglês.

É claro que apenas assistir séries não vai resolver tudo, senão todos os assinantes de TV a cabo com Warner e HBO seriam fluentes praticamente sem fazer nada. Aprender qualquer idioma demanda tempo e esforço, e você deve conciliar as séries e filmes com o estudo do inglês mesmo. De qualquer forma, você vai estar constantemente melhorando o seu listening (compreensão oral) e, se usar legendas em inglês, também o seu reading (compreensão escrita), e o melhor de tudo é que você vai estar aprendendo e se divertindo ao mesmo tempo! Não poderia ser melhor! 🙂

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A urgência de dominar o inglês.

O número de brasileiros fluentes continua baixo, uma lacuna com consequências para o desenvolvimento dos profissionais e das empresas

🇬🇧 A urgência de dominar o inglês — e como o Shadowing pode transformar o aprendizado

O domínio do inglês ainda é um desafio no Brasil. Segundo a pesquisa “Idiomas e Habilidades”, realizada pela Pearson e Opinion Box, apenas 13% dos brasileiros com algum conhecimento no idioma se consideram fluentes. Outros 49% estão no nível básico e 29% não têm contato com nenhum idioma além do português.
🔗 Leia o estudo completo na VEJA

Esses dados mostram o impacto direto da falta de proficiência nas oportunidades de carreira. Um levantamento da Catho aponta que profissionais fluentes podem ganhar até 70% a mais em comparação aos que não dominam o idioma.

Com as rápidas transformações tecnológicas e a globalização dos negócios, o inglês se tornou essencial para o futuro do trabalho. Ele permite acesso a conteúdos, cursos e ferramentas que impulsionam o aprendizado e a inovação.


💬 A solução: prática real e metodologia inteligente

Na FluentUp Inglês, utilizamos a técnica Shadowing, que coloca o aluno em contato direto com o idioma falado, desenvolvendo fluência, pronúncia e confiança.
O método consiste em ouvir e repetir imediatamente o que é ouvido, imitando ritmo, entonação e pronúncia dos nativos — a mesma técnica usada por diplomatas e intérpretes profissionais.

Essa abordagem prática ajuda a eliminar o medo de falar e acelera o processo de aprendizado, conectando o aluno ao inglês da vida real — aquele que abre portas no mercado de trabalho.

📊 Panorama do inglês no Brasil

  • Um relatório da British Council mostra que os níveis de proficiência em inglês no Brasil são muito baixos — “apenas cerca de 5% dos brasileiros afirmam ter algum conhecimento da língua inglesa”. TeachingEnglish+2Learn Brazilian Portuguese+2
  • Outro estudo indica que apenas 1% da população brasileira fala inglês fluente. The Rio Times+1
  • No ranking mundial de proficiência em inglês, o país figura em posições inferiores, o que mostra um déficit de habilidades linguísticas frente a mercados mais competitivos. EF Education+1

💼 Impacto no mercado de trabalho & salário

  • Profissionais com domínio avançado de inglês e que atuam para empresas internacionais ganham cerca de US$ 4.845/mês (≈ R$ 24.000 em conversão simples) comparado a US$ 2.901/mês para quem tem nível intermediário — um aumento de aproximadamente 67% na renda. The Rio Times
  • Pesquisa global da Pearson aponta que maior proficiência em inglês está fortemente correlacionada com salários mais altos, melhores oportunidades de emprego e maior satisfação profissional. Pearson+1
  • Dados da Catho apontaram que candidatos que falam inglês fluente obtêm vantagens evidentes no mercado — embora os números variem conforme setor e nível hierárquico. The Brazil Business+1

🎯 O que isso significa para quem aprende inglês hoje

  • Aprender inglês não é mais apenas “um diferencial”; é um requisito estratégico para quem deseja carreira competitiva, atuar em ambientes internacionais ou migrar profissionalmente.
  • Quanto mais cedo você investir no idioma — seja através de técnico, curso ou metodologia específica — maior será o prazo para colher os benefícios (fluência, confiança, oportunidade).
  • A qualidade do programa de inglês importa: métodos que trabalham fala, escuta, repetição e interação real têm vantagens sobre cursos tradicionais passivos.

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10 profissões que pagam muito bem para quem fala inglês

Ter o inglês fluente pode ser um dos maiores diferenciais para conseguir melhores oportunidades de emprego muito mais valorizadas

Quando uma pessoa falar inglês, ou está aprendendo este idioma, ela está a frente de diversas pessoas em diversas questões diferentes. Com o mercado cada vez mais globalizado e com o inglês sendo a principal língua utilizada, falar este idioma pode abrir muitas portas para sua carreira.

O que você precisa saber é que hoje o inglês é diferente do que era a 10 ou 15 anos atrás. Enquanto, naquela época, o inglês era apenas um diferencial no currículo dos trabalhadores, hoje já se tornou um dos principais requisitos para muitas áreas.

Em tempos de desemprego alto, globalização, mudanças no mercado de trabalho, o inglês pode se transformar no melhor mecanismo que você tem para se diferenciar e conquistar melhores oportunidades para a sua carreira.

A seguir, vamos te contar 10 profissões onde o inglês é algo extremamente decisivo, em que, caso você seja fluente, terá inúmeras oportunidades as melhores carreiras possíveis. Ficou interessado em saber quais são elas? Então bora conferir!

Leia também | 12 profissões que ganham mais sendo autônomo do que como CLT

Profissões que pagam muito para quem fala inglês

Conhecer o inglês pode abrir portas para oportunidades extremamente lucrativas em várias áreas profissionais, mostrando sua importância no mercado de trabalho globalizado. Vamos conhecer agora alguns dos campos em que a fluência em inglês pode significar um salário muito melhor:

1. Tecnologia

Este setor está em alta, e com expectativa de expansão contínua nos próximos anos. Dominar o inglês é fundamental, visto que a maior parte do conhecimento técnico e inovações são compartilhados neste idioma. Os salários podem variar enormemente, indo de R$1.500 a R$32.000, conforme indica o Guia de Profissões da Catho. A demanda por profissionais qualificados é robusta, tanto no cenário local quanto internacional.

2. Administração

Com o mundo dos negócios cada vez mais globalizado, a capacidade de se comunicar em inglês torna-se um dos maiores diferenciais para quem atua na administração. Isso facilita negociações e interações com parceiros e fornecedores internacionais. O domínio do inglês pode elevar o salário de um administrador em até 70%, com ganhos variados podendo chegar R$6.000 para quem fala inglês, segundo o Conselho Nacional de Administração.

3. Marketing

A área de marketing também mostra como o inglês é importante, especialmente com seu crescimento nos últimos tempos. A faixa salarial neste campo pode ir de R$1.600 a R$16.000, dependendo do nível de experiência e especialização.

4. Turismo

A visibilidade do Brasil no cenário internacional aumentou, atraindo um número crescente de visitantes estrangeiros. Isso ampliou a necessidade de profissionais de turismo fluentes em inglês. Os iniciantes podem esperar ganhar a partir de R$2.500, mas há potencial para salários de até R$17.000 ao avançar na carreira.

5. Contabilidade

Os contadores são fundamentais para o equilíbrio financeiro das empresas, gerenciando receitas, impostos e despesas. A fluência em uma segunda língua, como o inglês, não só facilita a atuação em um contexto global, mas também pode ser um diferencial competitivo. A faixa salarial neste setor varia de R$1.800 a R$8.600, onde profissionais fluentes em inglês conseguem diversas oportunidades internacionais.

6. Social Media

No mundo digital atual, a presença nas redes sociais é essencial para a imagem das empresas. Profissionais de social media com conhecimento de inglês são especialmente valorizados, uma vez que isso amplia a capacidade de engajamento com um público mais amplo. Os salários para estes profissionais podem variar muito, tendo maiores ganhos para quem é fluente no idioma.

7. Comércio Exterior

O Brasil tem um papel muito importante no mercado global como exportador de produtos agrícolas, e muitas transações de importação também requerem profissionais com inglês fluente. No início da carreira, os salários podem variar de R$2.000 a R$5.000.

8. Engenharia

A engenharia é uma área intrinsecamente ligada à inovação e ao desenvolvimento, frequentemente envolvendo colaborações internacionais. Assim, o domínio do inglês é um requisito essencial, refletindo-se em salários que podem chegar a até R$12.000 mensais para aqueles que conseguem se comunicar efetivamente em projetos globais.

9. Relações Internacionais

Como o nome sugere, esta carreira demanda uma compreensão profunda de culturas e línguas estrangeiras, sendo o inglês fundamental para o sucesso. Profissionais dessa área podem conquistar remunerações de até R$20.000.

10. Desenvolvimento de Software e Aplicativos

A indústria de desenvolvimento, incluindo web e aplicativos móveis, é altamente globalizada. Profissionais que falam inglês podem acessar uma vasta quantidade de recursos, colaborar em projetos internacionais e atuar em empresas estrangeiras, com salários que oscilam entre R$2.400 podendo chegar até mesmo a R$24.000.

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